a OBSERVATÓRIO DA PAX: dezembro 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Justiça e a Paz também se aprendem. Contributos para a Celebração do 45º Dia Mundial da Paz

No âmbito da celebração do 45º Dia Mundial da Paz, o Papa Bento XVI, na sua mensagem para este dia, convida-nos a reflectir sobre o tema “Educar os jovens para a justiça e a paz” e a prestarmos atenção ao mundo juvenil, a saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção dum futuro de justiça e de paz.
A celebração deste Dia oferece-nos uma magnífica oportunidade para reflectirmos sobre como educar os jovens para a justiça e a paz; como despertar a sua imaginação, para lhes oferecer uma visão do mundo como ele poderia e deveria ser: uma única família humana, na qual todos, independentemente da idade, deficiência, origem étnica, religião ou crença, género e orientação sexual, são tratados com justiça e misericórdia.
Pretendendo contribuir para a celebração deste dia dedicado a esse bem e direito humano fundamental, que é a paz, dom de Deus e, ao mesmo tempo, um projecto a realizar, nunca totalmente cumprido, a Pax Christi Portugal produziu a brochura “A Justiça e a Paz também se aprendem. Contributos para a Celebração do 45º Dia Mundial da Paz. 1 de Janeiro 2012”. Dela fazem parte uma selecção de textos para ajudar a aprofundar a mensagem de Bento XVI; assim como sugestões para a liturgia do dia, actividades para assinalar o dia e usar o tema, ideias para trabalhar com crianças, bem como uma colectânea de orações.
Pode descarregar a brochura a partir do website da Pax Christi Portugal em http://www.paxchristiportugal.net. Está disponível em dois formatos para impressão: Livro dobrado ou A5 simples.

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

"Educar os jovens para a Justiça e a Paz". Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2012


MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
BENTO XVI 

PARA A CELEBRAÇÃO DO
XLV DIA MUNDIAL DA PAZ


1 DE JANEIRO DE 2012

EDUCAR OS JOVENS PARA A JUSTIÇA E A PAZ


1. O INÍCIO DE UM NOVO ANO, dom de Deus à humanidade, induz-me a desejar a todos, com grande confiança e estima, de modo especial que este tempo, que se abre diante de nós, fique marcado concretamente pela justiça e a paz.

Com qual atitude devemos olhar para o novo ano? No salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor « mais do que a sentinela pela aurora » (v. 6), aguarda por Ele com firme esperança, porque sabe que trará luz, misericórdia, salvação. Esta expectativa nasce da experiência do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações. Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante. É verdade que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e a economia; uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia.

Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista. Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: « Educar os jovens para a justiça e a paz », convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo.

A minha Mensagem dirige-se também aos pais, às famílias, a todas as componentes educativas, formadoras, bem como aos responsáveis nos diversos âmbitos da vida religiosa, social, política, económica, cultural e mediática. Prestar atenção ao mundo juvenil, saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção dum futuro de justiça e de paz não é só uma oportunidade mas um dever primário de toda a sociedade.

Trata-se de comunicar aos jovens o apreço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consumá-la ao serviço do Bem. Esta é uma tarefa, na qual todos nós estamos, pessoalmente, comprometidos.

As preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mundo, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. Na hora actual, muitos são os aspectos que os trazem apreensivos: o desejo de receber uma formação que os prepare de maneira mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um emprego estável, a capacidade efectiva de intervir no mundo da política, da cultura e da economia contribuindo para a construção duma sociedade de rosto mais humano e solidário.

É importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas  as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver « coisas novas » (Is 42, 9; 48, 6). (Mais ...)

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