a OBSERVATÓRIO DA PAX: outubro 2017

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Perseguidos e Esquecidos?: A opressão dos Cristãos entre 2015 e 2017



Perseguidos e esquecidos? analisa a opressão dos Cristãos entre meados de 2015 e meados de 2017, com foco em 13 países, essenciais para a compreensão das tendências da perseguição cristã hoje em dia. A investigação da Fundação AIS revelou provas de grave perseguição contra os Cristãos em termos de violação dos direitos humanos fundamentais, incluindo: violência, violação, detenção ilegal, julgamento injusto e impedimento de encontro religioso. Em termos do número de pessoas envolvidas, da gravidade dos crimes cometidos e do seu impacto, é evidente que a perseguição aos Cristãos é hoje mais grave do que em qualquer época da história. Não só são os Cristãos mais perseguidos do que qualquer outro grupo de fé, mas há cada vez mais cristãos a enfrentar as piores formas de perseguição. Na Síria e no Iraque, assistimos a um êxodo de cristãos da região associado não só ao conflito, mas também às acções de grupos extremistas.

Mas há sinais de esperança. Em muitos destes países, a Fundação AIS conseguiu apenas ter acesso a estas informações confidenciais por já estar a trabalhar com as Igrejas locais, fornecendo ajuda e assistência essenciais. No Iraque, a Fundação AIS está a ajudar as Igrejas a reconstruir bairros cristãos que foram destruídos e a ajudar os Cristãos a retomar a sua vida no Iraque. Como dizia o Pe. Werenfried, fundador da AIS, estamos a “ajudar a enxugar as lágrimas de Jesus abandonado nas cruzes deste século”. (Mais ...)

Fundação AIS


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Papa Francisco: A pena de morte é contrária ao Evangelho e inadmissível

A propósito dos 25 anos do Catecismo da Igreja Católica, o Papa Francisco afirmou relativamente à questão da pena de morte:

Esta problemática [da pena de morte] não pode ficar reduzida a mera recordação histórica da doutrina [no Catecismo da Igreja Católica, n. 2267], sem se fazer sobressair, por um lado, o progresso na doutrina operado pelos últimos Pontífices e, por outro, a renovada consciência do povo cristão, que recusa uma postura de anuência quanto a uma pena que lesa gravemente a dignidade humana. Deve afirmar-se energicamente que a condenação à pena de morte é uma medida desumana que, independentemente do modo como for realizada, humilha a dignidade pessoal. Em si mesma, é contrária ao Evangelho, porque voluntariamente se decide suprimir uma vida humana que é sempre sagrada aos olhos do Criador e cujo verdadeiro juiz e garante, em última análise, é apenas Deus. Nunca homem algum, «nem sequer o homicida, perde a sua dignidade pessoal» (Carta ao Presidente da Comissão Internacional contra a Pena de Morte, 20/III/2015), porque Deus é um Pai que sempre espera o regresso do filho, o qual, sabendo que errou, pede perdão e começa uma vida nova. Por conseguinte, a ninguém se pode tirar não só a vida, mas até a própria possibilidade de um resgate moral e existencial que redunda em proveito para a comunidade.

Nos séculos passados em que se confrontava com uma pobreza dos instrumentos de defesa e a maturidade social não conhecera ainda o devido desenvolvimento positivo, o recurso à pena de morte aparecia como consequência lógica da aplicação da justiça que se devia seguir. No próprio Estado Pontifício, infelizmente, recorreu-se a este remédio extremo e desumano, descurando o primado da misericórdia sobre a justiça. Assumimos as responsabilidades do passado, reconhecendo que aqueles meios eram ditados por uma mentalidade mais legalista que cristã. A preocupação por conservar íntegros os poderes e as riquezas materiais levara a sobrestimar o valor da lei, impedindo que se chegasse a uma maior profundidade na compreensão do Evangelho. Mas, permanecer neutrais hoje perante as novas exigências de reafirmação da dignidade pessoal, tornar-nos-ia mais culpáveis.

Aqui não estamos perante qualquer contradição com a doutrina do passado, porque a defesa da dignidade da vida humana desde o primeiro instante da conceção até à morte natural sempre encontrou, no ensinamento da Igreja, a sua voz coerente e autorizada. O desenvolvimento harmónico da doutrina, porém, requer que se abandone tomadas de posição em defesa de argumentos que agora se apresentem decididamente contrários à nova compreensão da verdade cristã. Aliás, como já recordava São Vicente de Lérins, «talvez alguém pergunte: Não haverá progresso algum dos conhecimentos religiosos na Igreja de Cristo? Há, sem dúvida, e muito grande. Com efeito, quem será tão malévolo para com a humanidade e tão inimigo de Deus que pretenda impedir este progresso?» (Commonitorium, 23.1: PL 50, 667). Por isso é necessário reiterar que, por muito grave que possa ter sido o delito cometido, a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e dignidade da pessoa.

Papa Francisco, Discurso aos participantes no encontro por ocasião do XXV aniversário do Catecismo da Igreja Católica promovido pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. 11 de outubro de 2017.

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terça-feira, 10 de outubro de 2017

Eucaristia em memória de D. Manuel Martins, 1º Presidente da secção portuguesa da Pax Christi

Terá lugar no próximo dia 18 de Outubro, 4ª-feira, às 19:00 horas, na igreja de Santa Isabel, em Lisboa, uma celebração da Eucaristia em memória do 1º Presidente da secção portuguesa da Pax Christi, D. Manuel Martins, falecido no passado dia 24 de Setembro.

Esta celebração será presidida pelo bispo D. Manuel Linda, actual Presidente da Pax Christi Portugal.

Convidamos a estar presentes todas as pessoas que desejem participar, de modo especial os antigos e actuais membros e amigos da Pax Christi.

A Direcção da Pax Christi Portugal

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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Presidente da República condecora D. Manuel Martins pela vida de «serviço aos outros» e ao «Evangelho da libertação»

Lisboa, 05 out 2017 (Ecclesia) – O presidente da República condecorou hoje, a título póstumo, D. Manuel Martins com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade para distinguir uma vida de “serviço aos outros” e ao “Evangelho da libertação”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que se trata de um “galardão merecido por uma vida de serviço aos outros, em particular os mais sacrificados e sofredores na sua diocese durante um quarto de século”.

O presidente da República sublinhou a “coragem” a “disponibilidade” de D. Manuel Martins e a sua “capacidade de doação e de aceitação do imperativo ético e religioso de viver o evangelho da libertação”.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu na cerimónia de entrega das insígnias da Grã-Cruz da Ordem da Liberdade a D. Manuel Martins que tinha intenção de atribuir a mesma Ordem há um ano.

“Só o não fiz em homenagem à primazia que entendi devida ao seu mestre, Senhor D. António Ferreira Gomes”, lembrou o presidente da República, que condecorou o antigo bispo do Porto no dia 25 de abril último.

As insígnias da Grã-Cruz da Ordem da Liberdade foram entregues ao sobrinho de D. Manuel Martins, Arnaldo Cerqueira, numa cerimónia que distinguiu também António Barreto e, a título póstumo, Maria de Lurdes Pintassilgo. (Mais...)

Agência Ecclesia

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D. Manuel Martins (1927-2017)


Agência Ecclesia

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